quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SPFW Parte I

Boa noite leitoras, hoje o post (um pouco atrasado) será sobre os desfiles do SPFW que rolaram de sexta até domingo. Um coments básico...rsrsrs...todas as coleções estão super em clima de alfaiataria, então meninas...preparem-se!!!!

Outra coisa, como jornalista me senti envergonhada com as vaias que alguns "jornalistas" e fotografos mandaram para o casal super fofo Ashton Kutcher e Demi Moore por conta de um "atraso"!!! Gente qual é o desfile deles estava marcado, acho, que para as 22h...eles passaram pela imprensa umas 21h e o povo reclama!! Fala sério eles não têm a menor obrigação em estar lá as 15 h (horario em que os jornalistas chegaram) só pra deixá-los felizes!!! Affff...... Agora voltando aos desfiles!!!


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O primeiro dia de desfiles começou com a Animale que conta com mulher forte, atual, high-tech e sexy para este inverno. Nesta temporada a marca vem inspirada pela montaria e elege a alfaiataria estruturada e levemente rígida para compor looks de encaixe e desencaixe em calças, shorts, vestidos e casacos.

Um dos destaques da Animale é a cartela de cores com ênfase para os tons neutros pontuados por preto, além dos acessórios como sandálias que trazem tirinhas no cabedal e estrutura mais pesada no calcanhar, cintos fininhos e alças de vestidos com fivelas douradas de ferraduras.
O desfile da Tufi Duek começou branco como a neve escandinava que inspirou a coleção criada pelo estilista da marca. Ele ainda buscou nos traços marcantes do design e da arquitetura da região outras referências para a sua coleção. A madeira foi o elemento escolhido para dar o clima escultural ao desfile. Estava tanto na passarela quanto nos sapatos altos com salto vírgula.

Praticamente monocromáticas, as peças evidenciavam a construção em alfaiataria, com formas arquitetônicas e recortes geométricos. Branco, off-white, crus e preto refletiam a sofisticação do tema e da própria Tufi Duek, em looks que enfatizavam o lado mais feminino da mulher. O shape oscilava entre justos e acinturados, amplos e trapezóides. O maxi se destacou tanto na lateral da calça, com uma maxi-fenda, como nos amplos godês das saias e dos babados. 
Para Samuel Cirnansck, a mulher do inverno 2011 é urbana e vive um momento de reflexão.O designer levou para a passarela uma coleção com formas retas que abusa de tecidos industrializados até chegar a algodões naturais prensados.

A alfaiataria em lã dá um ar mais casual, porém desenvolvida também no couro camelo, ganha modernidade, trazendo recortes e cintura marcada. Já os vestidos com ar de festa combinam manta de algodão pesado em tom azul-céu com rendas, cristais e vidrilhos em nude, num jogo interessante de cores, texturas e pesos.
A cor preto foi uma das cores predominantes na primeira parte da coleção de inverno da Triton, que apareceu pontuada por cores vivas como o verde neon, azul turquesa, vermelho e pink, entre outras. Depois foi a vez das estampas exclusivas criadas pela estilista Karen Fuke. Tudo bem marcado por um trabalho de alfaiataria que destacava, especialmente, múltiplas versões de casacos. E até mesmo brincava de compor novas formas unindo partes de peças clássicas como a cauda de um fraque a uma blusa curta ou propondo inusitadas sobreposições.

A Triton investe na lã natural, pesada e robusta. Peles falsas, matelassê, brocados e metalizados também ajudam a esquentar o frio. Com isso, as formas ficaram mais rígidas e andrógenas. Para equilibrar, traz a leveza de voils coloridos ou estampados. E o apelo feminino surge com as cinturas marcadas por cintos finos e o corpo, levemente relevado por
transparências.
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No sábado os desfiles começara com Reinaldo Lourenço, mestre na arte da alfaiataria, trouxe no seu inverno 2011, cortes impecáveis.A sofisticação (e ousadia) ficou na cartela de cores: branco, preto e branco com preto, além de uma divertida estampa de boquinhas vermelhas. Nesta coleção, Reinaldo levou sua atenção aos decotes - na frente ou nas costas - sempre profundos e reveladores. Em um exercício de desconstrução, o estilista criou mangas que se transformavam em golas e estolas. Silhuetas alongadas adornadas por delicadas pérolas em relevos surgiam em clima de alta costura. Os looks construídos com fitas de couro sobre a transparência reveladora de tules também impressionaram. Saias longas e mídis complementaram a  coleção. Nos acessórios, luvas e carteiras em couro.
Estreando nas passarelas do SPFW, a Ghetz, grife trouxe uma coleção recheada de peças sofisticas e femininas, numa silhueta às vezes quadrada, às vezes reta, para uma imagem de uma mulher atual, informada e sem medo de ousar, afinal, não é qualquer uma que aposta na combinação de pantalona de tricô plissado e body em trama finíssima e transparente.

Interessante a combinação de texturas, plissados e jacquards em construções de fios sintéticos e naturais, em toques leves e estruturas rígidas de efeito 3D. Detalhe, uma única estampa aparece na coleção da Ghetz, espécie de pinceladas na horizontal, em diferentes tons, combinadas a um brilho delicado, talvez lurex, sobre o tom preto. Já nas cores, muito amarelo, royal, vermelho e preto.
No desfile da Ellus o encontro entre o real e o virtual foram as inspirações. O conceito de futuro proposto pela marca foi muito além da passarela, que na verdade sequer existiu. Numa sala de projeções 3D montada especialmente para o evento, os convidados puderam acompanhar, em detalhes, a nova coleção da marca, com pipoca e óculos 3D exclusivo da Ellus.

O que representou muito bem toda a proposta futurística da Ellus, que foi da apresentação cinematográfica às roupas com tecidos tecnológicos.  Entre eles, muito denim, com acabamentos furta-cor e em lavagens stone washed. O couro, uma aposta da temporada, foi aplicado em detalhes e nos acessórios.

Nas formas, as peças clássicas foram reinventadas. Calças com bolso faca surgiram acolchoadas, partes de ternos e smoking foram combinadas em blusas, criando novas interpretações para as peças. Nas cores, preto, marinho, creme e branco. Os paetês marmorizados e metalizados criavam um novo visual, enquanto o jacquard de algodão resinado, uma nova textura.
A Neon apostou num desfile-performance, divertido, cheio de narrativa e irreverente, para mostrar a coleção de inverno 2011 no SPFW. Dividido em duas partes, a apresentação celebrou dois tipos de mulheres: a que é bem sexy e abusa do seu poder de sedução, usando apenas roupas em preto, vermelho e branco e outra segura, que tem um pé na batucada, mais gráfica, e tribal.

Para a mulher mais ousada, imagens surrealistas, formas justas, glamorosas e rabo-de-peixe, com estampas de bocas vermelhas, saias em mega laços e tomara-que-caia. Para a mais étnica, shapes amplos, kaftãs, casacos e quimonos que carregam recortes coloridos, bordados e aplicações.

Nos acessórios, pulseiras em forma de mão, maxi argolas com pedras brasileiras e sapatos intitulados de A Mulher e O Noivo, de inspiração surreal, com pares em cores diferentes, mantendo a idéia de sapatos-personagens lançado há duas estações.
Ao som de Linkin Park, a Amapô abriu o seu desfile no SPFW propondo um inverno, no mínimo, divertido. Cores fortes e um interessante trabalho de (re)construção transformaram peças clássicas em looks contemporâneos. A atmosfera era jovem e contagiante, bem de acordo com o estilo da marca.

O maxi também invadiu a coleção da Amapô. Maxipuls de tricô com pontos muito largos se destacavam pelo volume e pela sensação de extremo conforto. Casacos estruturados em lã natural prometiam aquecer o frio. Mas foi justamente a combinação (ou sobreposição) de tudo isso que transformou looks convencionais em peças de alfaiataria, num feliz exercício de reinvenção.

Nesse mix, a Amapô também ousou em misturar múltiplas estampas e padronagens aos materiais mais diversos. Inclusive misturar formas, como a trança criada em tecido que fechava trench coats e outros casacos. O toque irreverente da marca não poderia ficar de fora, claro. E para enfatizá-lo, que tal um vestido inteiro feito de grandes laços de veludo multicolorido? Roupa para vestir e para abraçar.
Sem excessos, sofisticada, feminina e - porque não dizer - também poética, assim é a coleção de inverno 2011 que Alexandre Herchcovitch mostrou. Para a estação, ele buscou inspiração em rochas vulcânicas, magma e vulcões para criar peças elegantes, com superfícies carregando texturas e formas que trazem, por exemplo, novas proporções para o quadril, resultado de experimentações criativas do designer.

A alfaiataria elegante carrega detalhes delicados de rendas, transparências e cinturas altas marcadas e alguns vestidos ganham estrategicamente “rachaduras” que revelam camadas de tecido em tom amarelo enxofre, o que Herchcovitch chamou de “magma abrindo caminho pela rocha”.

Numa coleção quase toda negra, pontuada por cinza e amarelo, os vestidos em lã em corte a fio, com capuzes de rendas e shapes minimalistas são de tirar o fôlego. Bonitas também as bolsas de mão, ou melhor, clutchs, remetendo a pedras lapidadas e concebidas em resina.
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A beleza feminina foi a inspiração para o primeiro desfile de domingo.O apelo fetichista ao criar uma coleção sensual e elegante, sem excessos e sem exposições desnecessárias, suas mulheres ostentavam uma altivez inerente da marca ao entrar na passarela. Isabeli Fontana abriu o desfile e seu estilo menina-mulher já retratava o conceito.

O preto, claro, foi a cor do inverno da Iódice. Apareceu nas malhas e jérseis fluidos e no couro até texturizado, enquanto a fuseau evidenciou sua função de segunda pele. Costas e ombros foram relevados em recortes e decotes. Na cartela entraram ainda outros sofisticados tons: o vibrante laranja, o neutro safári e uma estampa abstrata em cores quentes. Para complementar, acessórios em couro como as longas luvas e os sapatos de salto altíssimo em dourado.
Revistando o grunge de uma maneira mais contemporânea e feminina, Juliana Jabour mostrou na passarela do São Paulo Fashion Week uma coleção de inverno pontuada por looks cuidadosamente desalinhados, em sobreposições muito bem pensadas.

As peças, com um ar mais austero e sofisticado, brincam em shapes que vão dos oversize, com volumes delicados, até os mais fluídos e alongados como blusões em tricô combinados a saias com leve movimento. Nos materiais, tecidos nobres como crepe de chine ao lado de outros com aspecto de couro e moletom de lã.

Já os desenhos que passeiam pelas roupas são os de animais selvagens em traços delicados ao lado da pele de onça estilizada e degadrê e de um lindo floral vintage. A cartela de cores também enfatiza o momento sofisticado e austero vivido pela grife, com ênfase para o verde-escuro, beterraba e preto.
A marca Cori, preparara uma coleção minimalista e direta para o SPFW. Suas formas puras, sem detalhamentos, bolsos e recortes se equilibraram com materiais nobres como lã, couro e organza. Claro que para construir essas peças a inspiração não poderia ser outra: a arquitetura. E neste caso, a de Frank L. Wright, arquiteto americano conhecido por combinar diferentes estilos e escolas numa mesma obra.

Como ele, a Cori também apostou em linhas retas, geométricas e bem construídas como base para casacos, saias, vestidos e calças. A transparência foi uma aliada. Revelava pernas em saias com barras em organza lisa, destacava decotes e fendas. A única estampa presente na coleção remetia ao mármore, em tons terra.

Em suas novas propostas, a camisa smoking branca se transformou em vestido e o shorts ganhou uma discreta sobressaia. O tricô, de pontos largos e aspecto para lá de confortável, trazia mangas de pelerine. Nos acessórios o contraponto para a leveza com botas e sapatos com salto anabela, pesados, múltiplas fivelas e outros detalhes em metal. Luvas em couro para aquecer as mãos no Inverno.
A Osklen, resolveu revisitar seus itens básicos, criando uma coleção de inverno minimalista, cool e com um perfume street urban.

Na verdade, Oskar desconstrói e reconstrói itens de alfaiataria, que aparecem fortes e com ombros em destaque. A blusa cashmere em gola V  vira vestido com golas sobrepostas e pode ser usada invertida ou na lateral do corpo, já as golas da lã de vestes crescem e ficam volumosas e/ou rígidas.

A cartela de cores nasce a partir do olhar do designer sob os rolos de tecidos e restos de retalhos queimados: cinza, bege, areia, verde, vermelho, marinho e ocre. Já a estampa de hibisco, um dos marcos da Osklen, vem em tons de fogo e salta aos olhos nas peças em preto.
O clima esquentou na passarela quando Gisele Bündchen abriu o desfile vestindo apenas casaco e body preto. Por sinal, casacos não faltaram na coleção. Em diversas versões, os trench coats foram surgindo. Curtos, longos, de lã, de denim, enfim, no Inverno Colcci, os casacos dominaram. O xadrez, principalmente o pied-de-poule, foram os favoritos. Para usar sob os casacos, micro shorts, calças em alfaiataria além de vestidos curtos e acinturados.

O denim foi explorado em múltiplas lavagens: amassados, resinados, lavados, sujos e até cru. A lã e o couro foram os outros materiais em destaque. Nas cores, além do preto, caramelo, rosa, azul cobalto. Para garantir um clima de rebeldia, muitas tachas para calças ajustadíssimas.  Nos pés, botas de salto alto anabela. Mas, enquanto o desfile acontecia, o suspense aumentava. No final, Gisele volta, linda, apenas num body preto, levando com ela todos os outros modelos. Luzes se apagam e finalmente Ashton Kutcher aparece, com calça jeans e casaco de couro da Colcci, acompanhando os criadores da marca, Adriana Zucco e Jeziel Moraes e Alessandra Ambrósio, para delírio dos presentes.
Mistério, essa é a palavra de ordem do inverno 2011 da Huis Clos. A mulher da marca ainda é etérea, entretanto tem algo de sombria e é muito sedutora, segundo a designer Sara Kawasaki isto reflete seu desejo de trabalhar com signos expressivos presentes na alma feminina.

O ponto-chave da modelagem da estação é o recorte, em peças de encaixe e desencaixe nas quais, por exemplo, o zíper deixa de ser coadjuvante e passa a ser um dos protagonistas, ao lado de construções de mangas amplas e derrubadas. Nas cores, o preto reina absoluto ao lado de diferentes tons de cinza e do azul-marinho.

Lindo também o desenho de tabuleiro criado em canutilhos e transparências sobre a roupa, ao lado de jogos de estruturas, num mix de tecidos translúcidos, rendas e lã. Pontos também para o tricô e os itens em lã opacas com bordados extremamente chiques.

Bju Bju e até amanhã com os desfiles desta semana do SPFW!!!!
Créditos:
Texto: Mari Samper
Foto:Agência Fotisite/ André Cherri e Divulgação

4 comentários:

  1. Oi Mari, estava procurando blogs de moda e beleza de Guarulhos e encontrei vc!

    Tb tenho blog o http://www.doqueeugosto.com.br

    Acho bacana encontrar pessoas com o mesmo interesse na nossa cidade.

    Se tiver MSN me add pra conversar natalia.bc@hotmail.com

    O bacana é que estou encontrando alguns blogs já, e quem sabe faremos o 1º encontro de blogs de Guarulhos rs.

    Beijos

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  2. Mari!
    Adorei teu blog tb!
    Vamos trocando idéias de moda barata!
    beeejos!

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  3. Oi Natty espero que tenha gostado do blog e compareça sempre por aqui dando dicas ou crticando...rsrsrs....e com certeza vamos marcar!!! Bjus e vamos nos falando vou te add no meu msn ok?!?

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  4. Ei Alê!!! Que bom que você gostou =) dá um trabalhão e não vejo a hora de tudo isso começar ser reconhecido =))

    Bjus e vamos nos falando =)

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